Tenho assistido o programa largados e pelados recentemente. Nele as pessoas são desafiadas a passar alguns dias na natureza, literalmente largado e pelado. Então notei que existe dois tipos de mentalidade das pessoas que participam:
(a) As pessoas que começam empolgadas mas depois de pouco tempo acaba se deixando frustrar totalmente pelas dificuldades, então só “aguenta” até o final do desafio.
E tem (b) as que também começam empolgadas e mesmo diante dos desafios, dificuldades, continuam apreciando as coisas boas e procurando formas de encarar as dificuldades.
A primeira pessoa acaba sendo consumida pela dor, desespero, desgosto. É verdade que a natureza pode ser dura e cruel. Ela pode te trazer situações tão desconfortáveis que te fará questionar até sua própria existência e diante disso tudo, você pode acabar criando um certo desgosto dela.
Porém a mesma natureza que faz isso, também é a mesma que fornece o suficiente para a sua sobrevivência. Que tem cenários de deixar qualquer um de queixo caído. O problema é quando a pessoa não sabe sobreviver nela e diante de tantas frustrações acaba desistindo de tentar, de arriscar, então se esconde no seu abrigo e fica lá até que o desafio acabe.
Nosso cérebro é preguiçoso, temos tendência ao sedentarismo. Sempre vamos optar primeiramente pelo que estiver mais fácil e que trará prazer mais rápido. Então assim como nosso corpo, se não exercitarmos nosso cérebro vamos sempre nos esconder no abrigo e optar por somente aguentar, ficando na famosa zona de conforto. Mesmo que essa realidade não seja tão agradável.
Porém, somos seres com poder de evolução. Isso significa que num contexto geral da vida, nós podemos escolher ser a pessoa B. Mesmo que seja mais difícil, com certeza será mais gratificante no futuro.